Obesidade Visceral

Por Dr. Juliano C. Ludvig
Médico, Especialista em Gastroenterologia

Para diagnosticar a obesidade visceral de forma precisa, é comum o uso de métodos de imagem que permitem visualizar a distribuição de gordura no corpo. Alguns dos exames mais eficazes incluem:

• Tomografia Computadorizada (TC): Oferece uma imagem detalhada da distribuição de gordura no corpo, incluindo a gordura visceral. É um dos métodos mais precisos, mas envolve uma exposição significativa à radiação;
• Ressonância Magnética (RM): Assim como a TC, a RM fornece imagens detalhadas das diferentes camadas de tecido corporal, incluindo a gordura visceral, sem a exposição à radiação. É considerada uma das melhores opções para avaliar a gordura corporal, mas é mais cara;
• Ultrassonografia: Embora menos precisa que a TC e a RM para medir a gordura visceral especificamente, a ultrassonografia pode ser usada para estimar a gordura abdominal. É um método mais acessível e sem radiação;
• Bioimpedância: Este teste usa a resistência elétrica do corpo para estimar a composição corporal, incluindo a gordura corporal. Embora seja uma opção menos precisa para medir especificamente a gordura visceral, é um método simples e rápido.

A densitometria, também conhecida como DEXA (Dual-Energy X-ray Absorptiometry), é um exame que originalmente foi desenvolvido para avaliar a densidade mineral óssea e o risco de osteoporose. No entanto, com avanços tecnológicos, o exame de DEXA também passou a ser utilizado para medir a composição corporal, incluindo a gordura corporal total, a massa magra e a distribuição de gordura.

Para a gordura visceral, o DEXA é particularmente útil porque pode diferenciar entre a gordura visceral e a gordura subcutânea de maneira precisa e com uma exposição relativamente baixa à radiação em comparação com a tomografia computadorizada. O DEXA oferece uma imagem quantitativa detalhada que ajuda a avaliar a distribuição de gordura e a identificar riscos associados à gordura visceral. É uma ferramenta eficaz para monitorar mudanças na composição corporal ao longo do tempo, especialmente em programas de perda de peso ou tratamento de condições relacionadas ao metabolismo.

Além desses exames de imagem, a medição da circunferência abdominal pode ser um indicativo de obesidade visceral quando valores são acima de 102 cm em homens e 88 cm em mulheres. Apesar de menos específico, esse método é prático e frequentemente usado como um marcador inicial para avaliação do risco associado à gordura visceral. Estes exames, combinados com uma avaliação clínica completa, ajudam a formular um diagnóstico preciso e a direcionar estratégias de tratamento adequadas.

Dr. Juliano C. Ludvig é Médico, Especialista em Endoscopia Digestiva pela Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva – SOBED e Especialista em Gastroenterologia Clínica pela Federação Brasileira de Gastroenterologia – FBG. É Coordenador Regional da ABCD - Associação Brasileira de Colite e Doença de Crohn. É Membro Titular do GEDIIB - Grupo de Estudos das Doenças Inflamatórias Intestinais no Brasil. É Chefe do Setor de Gastroenterologia do Hospital Santa Isabel e Presidente do Centro de Estudos do mesmo hospital. Tem Residência Médica em Clínica Médica no Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo e Residência Médica em Gastroenterologia no Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo. Também é International Member of the American College of Gastroenterology e International Member Of the ECCO - European Crohn’s and Colitis Organization.